OUTRO MUNDO .

Outromundo Entrevista: Nairobi + Lançamento do single



OutroMundo: Nairobi, como, e quando, foi seu início no RAP?

Nairobi: Comecei a apreciar a parada de verdade em meados de 94, comecei a fazer em 99. O que me impressionava era o groove, o peso, a malandragem urbana que se fazia evidente nos Rap's dos anos 90, mas que não levantava a bandeira escancarada do gangsta rap, de ser bandido, etc. Tinham elementos de consciência, inteligência, e ate os sons mais gangueiros eram fenomenais. Conheci o rap nacional com 'Matei O Presidente' do Gabriel (O Pensador) na rádio em 92, e em 93 pintou o 'Homem Na Estrada' dos Racionais, e ai fudeu. Conheci Public Enemy, Beastie Boys, Busta Rhymes, Wu-Tang, etc. E virei um viciado em rap, até hoje.


OutroMundo: Quando você começou a produzir?

Nairobi: Escrevia desde 99 regularmente (apesar da minha primeirissima letra ser de 96, foi só em 99 com 15 anos que eu me concentrei de verdade com o lance) producão foi mais tarde primeiro como co-produtor junto com o Spektrum (o tipo do MC ansioso que fica do lado do cara escolhendo sample, timbre, etc.), isso de 2000 até 2003 mais ou menos. Em 2003 comprei um CPU e comecei a fazer beats sozinho. Mas parei lá por 2006 e voltei só pras letras. Sou melhor MC do que produtor. Tembém pudera, na banca só tem produtor encanado, fui cantar nos beats deles que superavam de longe os meus (risos).


OutroMundo:Como se formou o Audiocracia?

Nairobi: O Audiocracia, foi a melhor fase das nossas (eu, Spektrum e Nel) vidas no Rap, com certeza. Um bando de muleque aprendendo junto a fazer Rap bem feito. Foda nós três, ainda havia o Monkey e o DJ Ploc, mas eles só colavam na banca, faziam parte daquilo, mas não participavam muito das criações. Eu conheci o Nel e o Spektrum por intermédio do DJ Ploc e Do DJ Primo que eram companheiros de sala no segundo grau. Eu estudava no centro também e conheci o Nel indo fazer freestyle numa festa na casa dele. Dai começamos a colar juntos, escrever, etc. E demos nome á essa parceria e amizade, Audiocracia. Mas até hoje, nunca lançamos nada (risos).


OutroMundo: O que cada um do grupo anda fazendo atualmente?

Nairobi: O Nel lancou o disco solo dele Sentimentumlogia que pra mim e com certeza um dos melhores discos de rap que foi lançado em 2008/2009. Eu gravei em abril de 2008 um disco chamado 'De Volta Aos Anos 90' com o Spektrum nos beats, mas por motivos financeiros não consegui lancar ainda. Espero até o fim do ano estar com ele na mochila pra vender, e agora estou confeccionando um segundo disco com o restante dos beatmakers daqui de CWB e de outras cidades também.


OutroMundo: Quem participa nas produçoes e rimas?

Nairobi: Nas rimas eu ainda não sei, mas nos beats tem muita gente já, o Nave, Dario, Nel , Cabes, Cilho, Ogi, Laudz, Drunk Orchestra, Renam Saman , Tranquis, Munhoz, Marechal e mais uma rapaziada que eu pretendo convidar pras produções.


OutroMundo: Como vai se chamar?

Nairobi: Ainda não sei na real. Tô começando a escrever algumas letras, não criei um conceito completo do registro ainda.


OutroMundo: Depois, ou paralelo, a isso, quais são os seus projetos?

Nairobi:Meu objetivo neste dado momento e correr atrás de grana pra viabilizar o meu disco de estréia que já está há um ano na gaveta e que eu preciso por na rua. Depois de trampar com esse disco vou gravar o segundo que está, aos poucos, se desenvolvendo. Pretendo fazer um clip tambem , mas não decidimos de qual faixa ainda. Logo, logo, eu também estarei lancando um podcast chamado 'Audiocratas Podcasting' que vai ter um formato diferenciado em relação aos programas que rolam na net como o Freestyle o Boomshot. Vai ser um programa pra falar de rap de uma maneira informativa acima de tudo e pra quem gosta de rap mesmo. Sempre com um convidado apreciador da arte e que entenda dela de preferência e também vou ter um parceiro como segundo âncora, mas não posso revelar quem é porque ainda não concretizamos o projeto. Depois de julho. O programa vai ser gravado num estúdio caseiro de um camarada de longa data eu pretendo fazer um por semana mesmo e ver como flui.


OutroMundo: Quais são suas influências, na música e fora dela?

Nairobi: Em primeiro lugar minhas experiências pessoais e minha sensibilidade que permitem que eu me expresse. Depois vem a música que e pra mim é um fenômeno quase que inexplicavel! É difícil entender como a gente pode se fascinar e sentir tanto prazer só por ouvir palavras rítmos e moelodias que se combinam! Cresci imerso na música e não me vejo sem ela. Amo Rap, mas do mesmo jeito que um verso do Brown pode me inspirar profundamente, uma música do Chico (Buarque), do Tom Zé, do Jards Macale do Jorge Ben, um jazz um funk, etc , tem a mesma eficácia em me encher de inspiração. Viajo muito em literatura também e cinema, mas sou muito menos escolado nessas áreas do que em música por exemplo. Se um MC não lê, não vai saber escrever, e consequentemente, vai se expressar de uma maneira não tão boa quanto poderi e deveria, por isso , recomendo mais leitura e menos som pra muitos companheiros de mic.


OutroMundo: O que você anda escutando ultimamente?

Nairobi: Muita mixtape dos anos 90! Muitas mesmo. Tô com mais de 200 (risos). Nas antigas as MixTapes eram uma parte muito importante no jogo da indústria porque era o outdoor pros MC's que estavam chegando lancarem seus sons e pros MC's já estabelecidos lançarem faixas exclusivas, etc. Aqui no Brasil essas fitas não chegavam, pois eram fábricadas em lotes pequenos de 5 ou 10 mil cópias e corriam as grandes cidades dos E.U.A., principalmente Nova York . Como eu sempre sonhei em ter uma MixTape do DJ Clue ou do Funkmaster Flex que não fosse aquela 'Sixty Minutes Of Funk' que saiu em CD, esse ano fui atrás e achei uns blogs de colecionadores de MixTapes dessa época. Agora só do DJ Clue tenho umas 84 MixTapes (risos), e legal ver como eram essas fitas e que dali saiam as exclusivas e os lancamentos quentes antes dos discos estarem nas ruas. Fora isso tô ouvindo muitos podcasts gringos pra ver o que rola la fora, quais são as tendências do pop e do alternativo e uns rap nacional também mano. Muita coisa boa pra sair e saindo também.


OutroMundo: Bom Nairobi. Esse é os eu momento mano, deixe aí recados agradecimentos, cobranças, links, contatos, etc.

Nairobi: Meu link é meu olho mano (risos). Meu MySpace só tem beats de 2005. Quando tiver com o disco na mão todos vão poder me ouvir legal e ter o trampo pra saber um pouco mais de mim. Agradeço a todos que colam pra somar e até pros 'atrasa-lado' que me atrapalham mas acabam ajudando no fim! Um salve aos amigos de verdade espalhados por CWBEATS e pelo resto do país. Pra vocês leitores, editores e idealizadores do Outromundo. Tão ligado que 'é nóiz!'. Viva a cultura Hip Hop e quem carrega ela nas costas e no coração. Não deixem de escutar o single!

Single: Nairobi - De Volta Aos Anos 90 (Produção de Spektrum)
Streamning:


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Paz!

Jay-Z - Death Of Auto-tune (Video)


Depois da música, vem o clipe.
Pra quem ainda não sabe, essa música foi produzida pelo No I.D. e fará parte do The Blueprint 3, que estará nas ruas e nas lojas dia 11 de Setembro desse ano. O disco será inteiramente o Kanye West envolvido em quase todas as produções do álbum. Será um lançamento da Roc Nation (Rocafella) e Atlantic Records.
Desde a "Brooklyn We Go Hard" (Música que saiu na trilha sonora do filme do B.I.G.) Jay-Z não lançava um single, e agora veio com tudo nesse novo. E terá mais um single, ainda antes do lançamento do álbum todo. Se chamará "Off That", e logo será lançado oficialmente, e, claro, estará por aqui.
Segue o video clipe da "D.O.A.", e abaixo a original, que No I.D. sampleou.

Jay-Z - Death Of Auto-Tune (Produção de No I.D.)



A Original:

Janko Nilovic & Dave Sucky - In The Space



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Ouvindo: Lootpack - Teh Anthem (Produção do Madlib)

Mixtape: Inumanos - Aumenta o Volume + faixa bonus: "Querido Michael" Prod. de Dj Martins.



O Aori soltou uma faixa bonus da nova mixtape do Inumanos, intitulada "Aumenta o Volume". O som se chama "Querido Michael", e é uma carta do MC ao ja falecido, rei do pop. Esse som foi produzido pelo Dj Martins, e a mixtape foi mixada pelo Dj Babao, e conta com varios na produçao, inclusive o Nave, que produz uma faixa do Aori, com o Max B.O. E tem faixas com Rabu Gonzales, entre outros. Deem uma conferida, ta muito boa, inclusive a mixtape toda esta boa!


Querido Michael - Inumanos (Produçao de Dj Martins)



Mixtape: Inumanos - Aumenta o Volume



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Ouvindo: Shimmy Shimmy Ya! - Ol' Dirty Bastard (Mestre Xim Remix - ER)

Descanse em Paz!



1958 - 2009


Shawn Jackson - Feelin' Jack

Há tempos não escutava algo que me agradasse tanto.
Esses dias, no Fesidança (evento de danças urbanas), entre uma batalha e outra o Dedé virou essa. Nunca tinha escutado, apesar da música ser um single de um álbum de 2008 (shame on me!), o Dudu me falou qual era, e eu fui atrás do álbum todo ("First Of All...").
Não gostei do registro. Mas em compensação essa faixa é boa demais, há tempos não tinha uma faixa no repeat tanto tempo. Muito boa mesmo. Não sei nem quem produziu, se alguém souber, larga aí.
É muito boa. Segue o video clip.

Shawn Jackson - Feelin' Jack



Continua a busca pela original.
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Ouvindo: Shawn Jackson - Feelin' Jack

Dia 20 de Julho...



Dia 20 de Julho,
MixTape Vanguarda - O Inicio de uma Nova Era.
Sons inéditos, de grupos de varias partes do Brasil.
A Vanguarda do Rap, ja tem varios trabalhos, nao só na musica... eles fazem um trabalho social chamado: "Amigos da Net", e ajudam quem precisa.
e agora estao chegando com esse trampo, que vai ta foda!

Amigos da Net: Orkut | Blog
Vanguarda do Rap


Apoio:
Portal do Rap Nacional | Mundo do Rap | Bagda Rap | Rap da Hora | Idéias e Atitude | Um Ser Assim | OutroMundo | Bacteria FC

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Ouvindo: Nada, to vendo um filme, Conexao Jamaica, com o Kymani Marley, muito foda! hahahah.

EP: Tio Scooby - DOIS REAL (Breve nos Seus Fones)




Mais um rimador, oriundo das ruas da capital gaúcha, procurando, com a maior sinceridade, expor suas idéias em forma de música. A inspiração "vem de todos os cantos, dessa Porto Alegre que é o meu encanto" (Negro Xis - Da Guedes).
Iniciou sua jornada como MC, em 199..., de lá pra cá, aprimorou seus conhecimentos na área dos toca-discos e da produção de batidas. Algumas faixas estão disponíveis para serem ouvidas, baixadas e compartilhadas com quem tem os ouvidos prontos para receberem uma proposta de música diferente. Com produções do próprio Tio Scooby, Digestivo, TiagoBeats, do Venezuelano Jonathan Armada e JonesBeats, Dois Real (Breve Nos Seus Fones) é inspirado nas ruas de Porto Alegre e, reflete um pouco da vida do emcee gaúcho.
Nem mais, nem menos, apenas RAP, feito de coração.

Leonardo Silva
Assessor de Imprensa




Ta foda da Intro até a ultima faixa, nao vou destacar uma, destaco todas. Ouçam!

Contato: neguleo@hotmail.com / (51) 97552503

OutroMundo Entrevista: Rodrigo Brandão (Mamelo Sound System)


Outromundo: Rodrigo, como você começou a fazer música?

Rodrigo Brandão: Sempre pirei na idéia da redação rítmica, de escrever uma história ou idéia e transformar aquilo em música... mas por outro lado, eu sempre fui auto-crítico, exigente comigo mesmo, nunca gostei de sair fazendo uma parada ou me dizendo alguma coisa antes de ter vivência, profundidade e conhecimento vasto do assunto, então por vários anos eu ouvi rap, acompanhei a evolução da coisa, e paralelamente fui pesquisando os outros ritmos de música negra que ajudaram o rap a ser o que é, seja o jazz, blues, soul, funky music, reggae, afrobeat, etc. Na virada do milênio, 1999 para 2000, já tinha algumas letras acumuladas e um mínimo de conhecimento, suficiente pra me considerar um iniciante assumido na arte de versar. Tive o apoio e as lições dos meus parceiros da época, como Black Alien, Speed, Max B.O. e Napoli - além da Lurdez Da Luz, minha alma-gêmea em rima.


Outromundo:
Desde o início da sua carreira na música, você sempre fez parte de grupos, ou em algum momento você foi artista solo?

Rodrigo Brandão: Desde o começo, é muito mais fácil pra mim trabalhar em grupo do que ser solo, acho que no grupo a tendência é diluir o ego e extrair o melhor de cada integrante, desde que todos integrantes tenham uma boa média de talento, foco, sintonia, etc. Por isso sempre fiz parte de grupos.


Outromundo: O primeiro lançamento oficial de algo que você esteve envolvido, foi o primeiro álbum do Mamelo Sound System, em 2000?

Rodrigo Brandão: Sim, oficial mesmo foi o primeiro, mas antes disso teve um compacto em vinil de uma banda que participei nos anos 90, chamada Los Sea Dux, mas aquilo era voltado pra zuêra, ferramenta pra comer mais mina.


Outromundo: Como, você descreve esse primeiro trabalho do Mamelo?

Rodrigo Brandão: Como um caderno de esboços, um sketchbook sonoro do que a gente iria realmente fazer nos anos seguintes.


Outromundo: Em 2003, o segundo trabalho do Mamelo, o Urbália, veio com uma nova formação e uma nova roupagem sonora. Como foram essas mudanças?

Rodrigo Brandão: Foi uma coisa meio natural até, assumiu a linha de frente quem estava mais na febre de fazer a parada acontecer. Os demais tomaram outros rumos, outros caminhos. Nesse período a Lurdez já tinha chegado, o Basa ainda tava na parada e comandou a orquestra nesse disco. Hoje eu não sinto que aquilo tenha tanto a ver com o que virou depois, quando ficou só na mão da Da Luz e eu. Mas é claro que tenho respeito e carinho, foi um passo importante pra nossa caminhada ter o rumo de hoje, foi necessário pra sermos o que somos hoje, musicalmente falando.


Outromundo: O que foi, e no que foi importante, o Operação: Parcel ou Remixália pra caminhada de vocês?

Rodrigo Brandão: Foi um respiro necessário pra gente continuar fazendo show, enquanto ganhávamos tempo pra redefinir os rumos musicais do grupo depois da saída do Basa. Um álbum com alguns amigos e parceiros talentosos levando nossas acapellas pra outras paisagens sonoras. Esse play tem remixes do Munhoz (que depois entrou pro grupo), do Lumbriga (Subsolo), Lucio Maia (Nação Zumbi e Maquinado), Parteum, Hurtmold, Speed, entre outros.


Outromundo: Depois dessa entressafra, como foi a entrada do Munhoz (A.K.A. Professor M. Stereo) e o DJ PG (Elo Da Corrente e Maquinado) pro grupo?

Rodrigo Brandão: Foi espontânea e quase em sequência. Quando o Basa saiu, quem segurou os shows conosco foi o Yellow-P, meu mano até hoje. Mas ele é um DJ de reggae, faz os efeitos que a gente gosta, mas o formato é outro, e chegou uma hora que o projeto principal dele, o Dubversão Sistema de Som, começou a rolar e ficou difícil conciliar ambas as missões. Aí, um dia trombei o Munhoz e ele se ofereceu pra assumir esse posto de comandar os samplers e fazer os efeitos ao vivo. Daí, o terceiro ou quarto show com ele, teve o Lumbriga & Gato Congelado junto, e o PG era o DJ. A empatia foi natural, e quando viu ele já tava no grupo.


Outromundo: Além das performances ao vivo, o Munhoz e o PG também participam das gravações, das sessões de estúdio, ensaios, etc?

Rodrigo Brandão:
Sim, ensaio sempre e gravação direto, mas não necessariamente o tempo todo - cada caso é um caso.


Outromundo: Velha Guarda 22. Como você define esse trabalho em relação aos outros discos do Mamelo?

Rodrigo Brandão: Esse é o primeiro disco que realmente conta pra Lurdez e eu. Ali a coisa tomou forma, é por aí que a gente busca seguir. Vejo nossa história como pré e pós-Velha Guarda 22.


Outromundo: Qual é a ciência do nome e da capa do Velha Guarda 22?

Rodrigo Brandão: Significa que a nossa música vai ser a Old School do futuro, do século 22! Primitivo do futuro! Foi pintada pelo Nunca, a partir de uma sessão de café com fé e fumaça na tarde do bairro, quando passei pra ele qual era o espírito do disco, a intenção carregada no título.

Outromundo: Como é o processo de produção, das batidas, quem assina as produções, vem primeiro a letra depois as bases, como é?

Rodrigo Brandão: Mesma coisa, vários são os caminhos da inspiração e da piração, né? Tem vez que a letra chama a base, e em outras é o contrário. Quem assina as produções é quem assume o papel de maestro, mas o nosso conceito, nosso estilo e ponto de vista sempre são parte de qualquer processo. Nossa personalidade é forte demais pra simplesmente se encaixar na visão de um terceiro. A troca é importante, isso sim, aí surgem as verdadeiras parcerias.


Outromundo:
Como é o processo de escrita seu a da Lurdez Da Luz, vocês se juntam pra escrever, chegam num tema juntos, um começa mostra pro outro, e aí flui, como é?

Rodrigo Brandão: Tudo isso acontece, em geral, a gente prefere se encontrar e fazer junto, mas tem vez que a vida dificulta, porque ambos temos filhos pequenos. E tem vez que a inspiração chega, e aí você pode estar pelado, na rua, junto, separado, dormindo, que tem que aproveitar! Quando os anjos falam aos ouvidos do homem, só o vacilão não pára tudo pra prestar atenção!


Outromundo: Vai ter um pedacinho do Mamelo, participação sua, no solo em que a Lurdez está preparando?

Rodrigo Brandão: Sim! Eu rimo em duas faixas, o PG produz duas e faz scratch. Manda avisar o Zé Povinho que não foi dessa vez que as uruca pegaram... a família tá unida, assim que é!


Outromundo: Três anos depois do disco, como foi a resposta do público?

Rodrigo Brandão: Muuuuuuuito maior do que podíamos imaginar. Até hoje recebemos convites pra shows e gravações por conta desse trabalho. Mesmo sem lançar nada nosso nesse período, a carreira do grupo nunca teve tão agitada como agora.


Outromundo: Como foi o contato, a abordagem mesmo, no Scott, pra ele produzir o Velha Guarda 22 inteiro ali?

Rodrigo Brandão:
Nos conhecemos quando a Nação Zumbi trouxe ele aqui pra mixar o álbum que eles lançaram em 2002. Desde então, o Scott voltou ao país algumas vezes, e sempre nos encontramos, a amizade foi crescendo, até o ponto de ficar evidente que ele era o cara certo pra trabalhar com o Mamelo no novo registro. Desde a metade de 2005 ficamos nos falando direto, aí em Janeiro de 2006 ele chegou aqui, ficamos internados no estúdio por quase dois meses, e o resultado é o Velha Guarda 22.


Outromundo: Rodrigo, você é um apreciador da cultura do vinil?

Rodrigo Brandão: Eu sou viciado em vinil, é o melhor formato pra se ouvir música na minha opinião. Sou colecionador, mas meu acervo não é tão grande. Devo ter uns 2000 discos, mas são escolhidos a dedo, então tem mais qualidade do que quantidade.


Outromundo: Como foi pra você, um grande apreciador de vinis, fazer o vinil da Boomshot?

Rodrigo Brandão: Foi realização de um sonho, faz tempo que tínhamos essa vontade de ouvir som nosso em vinil, e nossos amigos do Elo Da Corrente também, então juntou a fome com a vontade comer!


Outromundo: Num próximo trabalho do Mamelo, vocês pretendem lançar vinil, mesmo que seja um single?

Rodrigo Brandão: Na real, eu nem faço idéia de quando, ou como, vai sair um próximo álbum cheio do Mamelo Sound System, mas se depender da minha vontade, sai uma tiragem limitada em vinil, só pra quem é da parada de verdade, e digital mesmo, deixar pra download com a arte.


Outromundo: Quais são seus projetos agora, e mais pra frente, o que vem por aí, já estão cogitando alguma coisa nova do Mamelo?

Rodrigo Brandão: O disco solo da Lurdez é o próximo lançamento programado, mas temos mais um monte de atividades rolando. Só em 2009, já fizemos shows com Rob Mazurek, M.Takara 3, Wax Poetics, entre outros. Além das participações que temos feito nos shows do 3NaMassa (Lurdez), Contra-Fluxo (eu), Elo Da Corrente (nós dois). Em estúdio, esse ano já gravamos parcerias com Kiko Dinucci (sambista genial), Anelis Assunção (filha do Itamar), Yoka (produtor brasileiro radicado em Barcelona), Metastaz (beatmaker francês), versão da banda pós-punk Mercenárias (que tinha a mãe do Munhoz no vocal) pra trilha dum filme, e agora estamos devendo uma faixa pra MixTape da Sallve (CWB), outra pro Vol. 2 da Pau-De-Da-Em-Doido, que o Nato tá preparando, um tributo à banda gaúcha Defalla, e também vamos participar do disco solo do Ogi. Ou seja: a coisa tá fluindo bem.


Outromundo: Rodrigo, quais são as suas influências musicais?

Rodrigo Brandão: Beastie Boys, De La Soul, A Tribe Called Quest, Public Enemy, DOOM, Fela Kuti, Baden Powell, Tony Allen, Parliament/Funkadelic, War, Sly & The Family Stone, Pedro Santos, Martinho Da Vila, Lee Scratch Perry, Bob Marley, Betty Davis, John Coltrane, Wu-Tang Clan, Antipop Consortium, Cartola, Otis Redding, Sam Cooke, Paulinho Da Vila, Tim Maia, Jorge Ben, Roots Manuva, King Tubby, Stevie Wonder, Ray Barreto, Miles Davis, Aesop Rock, The Roots, The Stooges, Jimi Hendrix, Wilson Das Neves, Big Youth, Linton Kwesi Johnson, Nina Simone, Billie Holliday, Art Ensemble Of Chicago, Maceo Parker, Afrika Bambaataa, Quarteto Novo, Flora Purim, Meirelles & Os Copa 5, Hermeto Paschoal, Jurassic 5, Black Star, e por aí vai. Poderia ficar nessa por dias seguidos e ainda ficaria faltando muita coisa!


Outromundo: O que você tem escutado ultimamente de coisa recém lançada, e está gostando, de repente, poderia deixar de indicação aí?

Rodrigo Brandão: O novo do DOOM - Born Like This é animal! Também gostei muito do novo, The Ecstatic, do Mos Def. E uma banda chamada El Michels Affair, que regravou os beats clássicos do Wu-Tang com instrumentos tocados ao vivo, e ficou muito bom. O disco chama 37th Chamber, e vale da uma ouvida. Brazuca tenho ouvido o Duo Moviola, que saiu há pouco.


Outromundo: Como você vê a internet no meio do rap, ela ajuda com divulgação, mas atrapalha com downloads gratuitos de coisas que estão nas lojas e nas ruas, você acha que mais ajuda ou mais atrapalha?

Rodrigo Brandão: Boa pergunta... mas no fim me parece ter mais prós do que contras, por hora, ao menos.


Outromundo: Como você vê, na cena brasileira, hoje em dia, se viver da música, especificamente do rap?

Rodrigo Brandão: Sempre foi quase impossível, e hoje continua sendo. Os motivos mudaram, a dificuldade continua... mas eu disse 'QUASE' impossível! Se quiser maiores detalhes, pergunta pra Lurdez Da Luz.


Outromundo: Agora é o seu momento, deixe aí, agradecimentos, recados, cobranças, links, agenda, etc. Alguma coisa que não perguntamos, e gostaria de falar sobre, esse é o seu momento.

Rodrigo Brandão: Salve Neto, obrigado pelo espaço e pela troca de energia! Pra rapa que curte o trampo do Mamelo Sound System também... fiquem ligados que em breve o álbum da Lurdez tá na rua, e tem o pessoal do Hurtmold na fita, a Stefanie (PDD/Simples), Mike Ladd, Jorge Du Peixe (Nação Zumbi), PG, DJ Mako, Rump, eu. Vocês não perdem por esperar!
Sempre estamos divulgando as ações nos seguintes meios:

Myspace Oficial
Twitter
Site Oficial

Muito asé a todos os homens e mulheres de boa vontade. PAZ!

Vote nos finalistas!



A promoção de remixes do AXL terminou.
AXL, Caene, e Mats foram os jurados.
Os finalistas são:

Laudz: (MySpace de Laudz)


:
(MySpace de )


Urso Polar:
(MySpace de Urso Polar)


Skeeter:
(MySpace de Skeeter)



Para votar você tem três opções, mande um e-mail para contatoaxl@gmail.com com o nome do canditado que fez o remix que você mais gostou; faça um comentário nesse blog do MySpace dizendo, na sua opinião, quem merece ganhar; ou vote nessa enquete no orkut.
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Ouvindo: Nairobi - De Volta Aos Anos 90 (Produção de Spektrum)

Termanology - How We Rock

Isso é que é RAP de verdade mano.
Um dos melhores MC's da 'Nova Escola' do RAP Novaiorquino, aliado de um dos veteranos do sul dos Estados Unidos, mais embaçados, num beat do 'Beat King' de Nova York.
Um pedacinho da 'Golden Era' no século XXI pra gente!

Termanology - How We Rock (Participação de Bun B) (Produção de Premier)


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Ouvindo: Termanology - How We Rock (Participação de Bun B) (Produção de Premier)

Flora Matos - Pai De Família


Flora Matos com música nova. Uma nova versão da música 'Pai De Família' que ela já fazia em outra versão nos shows. Essa versão é um pouco Dub, um pouco Reggae, um pouco RAP.
Em matéria no Per Raps ela explica melhor a história dessa versão:

Essa música foi feita no final do ano passado. Costumo cantar ela em versões diferentes, dependendo da ocasião, e agora fiz uma nova versão com o pessoal do Stereodubs. Eu conheci o Dj Lx em 2006, no prêmio Hutuz, no Rio de Janeiro. Ele trabalhava junto com o MC Adikto, que também estava inscrito nas batalhas de MC que eu participaria.

Há cerca de um mês eu encontrei o Dj Lx aqui em São Paulo, e ele me disse que estava na cidade e que tinha umas novas produções. Uns dias depois meus amigos Pump Killa e Arcanjo Ras gravaram duas faixas no estúdioStereodubs. Quando eu ouvi gostei muito, entrei em contato com o Dj Lx e ele me entregou um CD com vários instrumentais. Em casa, vi a possibilidade de gravar essa música no beat que eu mais gostei.

Essa versão da música deve entrar numa coletânea da +Soma e num projeto do Dj LX e Dj Leo, que vão lançar uma mixtape com vários MCs e cantores diferentes em breve.

Confiram aí. Espero que gostem! – Flora Matos

Eu achei foda essa nova versão, ela faz aquela levada rápida, meio cantando, meio rimando, se encaixou perfeitamente no clima do som, da base.

Escutem no MySpace de Flora Matos.

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Ouvindo: Termanology - Hold That (Produção do Premier)

O Vale - Cadelis (Video Clipe)

Video clipe do Cadelis, MC de Curitiba, integrante da Track Cheio.

Cadelis - O Vale (Produção de Dario)




Direção: Ozzy Soranso
Edição:
Bruno Lorenzett


Visite o MySpace de Cadelis.

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Ouvindo: J Dilla - E = MC² (Produção do Dilla)

Outromundo Entrevista: Marcílio (Programa Freestyle)




Outromundo: Marcílio, como e quando você teve a idéia de fazer o Programa Freestyle?

Marcílio: A idéia surgiu em novembro de 2006, eu trabalhava na rádio 89 FM de São Paulo quando ainda era a Radio Rock, eu trabalhava no estúdio e de vez em quando levava uns Little Brother pra curtir lá e também pra não ficar maluco sem ouvir rap. E um colega meu de trabalho sempre perguntava dos sons que ouvia e me deu a idéia de fazer um programa de rádio na internet. Comecei a fazer sozinho e divulgava entre os contatos que tinha, aí surpreendentemente eu vi que outras pessoas, além das que conhecia, que estavam acessando. Foi então que em Abril de 2007 eu resolvi fazer o site e fazer no formato de entrevistas, porque antes só rolava som. E assim o programa foi tomando forma e comecei a divulgar e convidar artistas pra participar.


Outromundo:
Como veio a concepção do nome do programa?

Marcílio: A palavra “Freestyle” é muito forte e muito usada dentro da cultura Hip Hop, tanto pelo seu significado, “estilo livre”, e por nomear uma das técnicas de rimar do MC, o improviso, conhecido também como Freestyle. Na verdade o nome não fui eu quem sugeriu, foi esse mesmo colega do trabalho. Entre os que tinham em meu “brainstorm” esse foi o que mais gostei e por ser um nome presente no Hip Hop achei que tinha tudo a ver com a idéia do programa. Entre os nomes cogitados pra ser o do programa passamos por "1 Som", "Play Soul", "Bombando o Estereo" (risos). Mas nenhum desses achamos bom o bastante, aí ficou "Freestyle" mesmo.


Outromundo:Onde é a gravação do programa?

Marcílio: Eu trabalho em rádio, o Dennian, que é outro integrante da equipe também trabalha em rádio, por isso a gente tem essa facilidade de usar uma estrutura boa para fazer as gravações com os artistas. Se o artista possui estúdio próprio e não tem a disponibilidade de ir até o nosso local de gravação, nos vamos até ele, e nós vamos mesmo! Já fomos até pra Curitiba só pra gravar um programa.


Outromundo: Quem é a "Equipe freestyle", quem é envolvido com o Programa, e qual função cada um exerce?

Marcílio:
São três pessoas que formam a equipe que faz o Programa:
Eu, Marcilio, que faço a apresentação, produção, gravação, edição, montagem e contatos do Programa. Também faço a produção de todo o conteúdo do Blog, com exceção das notas que os três fazem.
O Fabio Bocão, produz notas para o Blog e faz também as fotografias dos Programas.
O Dennian cuida da parte de imagem, com os vídeos e as fotos.
Na parte de divulgação e dos eventos que participamos trabalhamos em conjunto. Rola uma reunião antes pra determinar como será nossa ação no evento e assim dividimos as atividades.


Outromundo: Como é a "escolha" dos convidados que vão em cada edição do programa?

Marcílio: A gente decide a pauta do programa de acordo com o que ta acontecendo na cena, ou seja, a gente convida artistas que estão desenvolvendo um trabalho legal, importante e que de repente a gente vê que é mostrar no Freestyle, que é legal divulgar também no programa. Se você pegar a relação dos últimos convidados do programa vai ver que são artistas que realmente estão trabalhando bem e que merecem um espaço a mais para divulgar os seus respectivos trabalhos. O Freestyle é um canal pra colaborar com isso.


Outromundo: A Rádio Boomshot é um veículo de comunicação que faz praticamente a mesma parada que vocês do Freesyle fazem, em relação a comunicação. A Boomshot já fez uma coletânea e um vinil, você pretende fazer algo assim com o Freetyle?

Marcílio: Eu acho que pra você desenvolver um projeto como este você depende de muitos fatores, um deles que eu acho que é o mais essencial, é planejamento. O programa Freestyle fez dois anos no mês passado. Em 2007, não fizemos planejamento, pois estávamos ainda buscando o melhor formato do programa, em 2008 achamos este formato e começamos um trabalho de divulgação, viajamos, cobrimos eventos, fizemos materiais promocionais, e fizemos a festa de 1 ano, o planejamento foi esse. Agora em 2009 a gente está colhendo e trabalhando em cima desta atividade de divulgação que planejamos. Então, um projeto como coletânea ou algo do tipo pode vir sim, temos idéias de desenvolver coisas assim, mas isso vai depender do nosso planejamento. Por tanto esse ano isso não está em nossos planos, e sim parcerias, fortalecimento da marca, e outros eventos também. Pode ser que mais pra frente a gente ouse mais e lance alguma coisa só Freestyle como mix tape, coletânea, cd, enfim. O foco nesse momento, além do programa de áudio no site e o blog, é trabalhar isso que coloquei como planejamento pra 2009 e é o que já estamos fazendo.


Outromundo: Como que são organizados os eventos que o Programa promove, geralmente de aniversário do programa, fim de ano etc?

Marcílio:
A gente só fez um evento nosso mesmo, que foi a festa de um ano. A festa rolou numa parceria com a produtora "As Duas Produções" e fizemos no Café Aurora em São Paulo. Pra este ano eu já terminei o projeto da festa e a nossa idéia é fazer uma festa gratuita em local público. O projeto sendo aprovado vamos fazer assim. No ano passado fizemos em local fechado, e com isso você tem um custo maior, e consequentemente você tem que colocar um preço na entrada pra bancar custos como aluguel da casa principalmente, e infelizmente a festa acaba não sendo acessível pra todos. Se a gente conseguir fazer com essa idéia de local público com entrada gratuita tenho certeza que a festa pode ser num formato mais interessante do ano passado, que foi muito legal e quem foi gostou bastante ao ponto de classificar a festa como uma das melhores que rolou em 2008.


Outromundo: Sabemos que em uma das edições do Programa, você trouxe um convidado internacional, um ícone do Hip Hop mundial, o "líder" do Cypress Hill e também artista solo, B-Real, como foi o contato como conseguiu trazer ele ao programa?

Marcílio: Ele veio se apresentar com seu show solo no Brasil no finalzinho de 2007. A rádio em que eu trabalhava era a única que estava promovendo o show, apenas promovendo, e por isso era única que teria uma entrevista exclusiva com ele, quando nos produtores de cada programa da radio fomos informados disso ninguém estava afim de entrevista-lo para seus respectivos programas, até mesmo porque a rádio tem a programação voltada pra musica pop, e jamais ouviríamos uma 'Insane In The Brain' tocando na 89 FM, eu também não podia entevistá-lo pro programa que eu produzia porque era um programa de musica eletrônica, de "poperô", e assim a gente ia perder a exclusiva do cara, nessa que ninguém queria eu quis e era pro Freestyle. Falei com o assessor dele e representante da gravadora aqui no pais que queria marcar com ele, expliquei como era o programa, e aí rolou dele participar. O Freestyle foi o único veiculo que falou com o B-Real nessa última passagem dele no país.


Outromundo: Como foi pra você fazer a entrevista com ele?

Marcílio: Pro Programa foi um marco e importante em termos de credibilidade. Pra eu como comunicador foi bacana por ter entrevistado um ícone do Rap mundial, mas como fã foi classe porque eu sempre ouvi e curti o som do Cypress Hill, até no final da entrevista dei meu vinil pro cara assinar e tal. Foi bacana, fiquei bem contente de poder entrevistá-lo.


Outromundo:
Além desse programa com o B-Real, teve algum outro programa que você considera um divisor de águas também na história do programa em termos de audiência, reconhecimento, etc?

Marcílio: Esse programa com o B-Real eu não considero com um divisor de águas, porque o programa estava em seu começo, praticamente, mas foi muito importante. Agora um programa que eu acho que mostrou o Freestyle como um dos canais que realmente estava ali pra desenvolver um trabalho muito firme e sério na cena foi o programa com o KL JAY e Edi Rock. Quem consegue entrevista fácil com integrantes do Racionais? O Freestyle conseguiu. Não facilmente, mas porque eles viram que o programa tinha um compromisso verdadeiro com a música, com o Rap, com o Hip Hop, por isso rolou. E foi muito importante porque mostrou um lado dos caras que muita gente não conhecia, foi uma aula de música, eles estavam a vontade no programa o que deixou o programa redondo e - desculpe o palavrão - muito foda! E a partir daí eu acho que muitas pessoas que ouvem hoje, muitas pessoas que conhecemos, que entraram em contato, foi por causa desta edição do programa. E depois disso a responsabilidade só aumentou. Mas mesmo assim o programa já tinha entrevistado o Mamelo Sound System, o Mzuri Sana, ambos também que marcaram a fase inicial do programa, acho que nessa pegada que o programa está, não dá pra escolher o melhor programa com o melhor convidado, se nós chamamos pra participar do programa é porque é pra entrar pra história, seja nossa, do programa ou do ouvinte. Mas este do KL Jay é destacável pelo fato do programa estar em seu começo e os caras toparem numa boa em querer fazer a parada. E o mais legal foi que depois da gravação a gente ficou no estúdio trocando idéia e ouvindo mais som! Foi bem classe!


Outromundo: Desde os primeiros programas até os mais recentes, o que você acha que mudou, em termos de valores, de intenção mesmo da entrevista?

Marcílio:
O primeiro, acho que no aspecto técnico, o programa evoluiu na dinâmica e principalmente na minha locução e na forma que conduzo o programa. O segundo aspecto é sobre os convidados, pelo fato do programa ser bastante ouvido - graças a Deus - os artistas que participam já sabem qual é a dinâmica do programa e quando vêm gravar já ficam mais à vontade, já são mais familiarizados com o formato do programa. O terceiro é que em questão do ouvinte, na minha opinião os programas estão muito bons, cada programa novo que entra no ar é muito bem feito, gostoso e agradável de ouvir. Acho que em termos de valores, acho que ele está colaborando muito pra divulgação da cena. O programa é bem formatado, bem editado, vai pro ar com uma qualidade legal, a programação musical geralmente é muito boa, os convidados também são ótimos. A qualidade do programa é boa em todos os sentidos, com exceção do locutor que fica imitando o Faustão no programa (risos), mas no geral o Freestyle vem se destacando por isso, se preocupando em querer fazer uma parada séria pensando num bom andamento da cena no assunto comunicação e divulgação de trabalhos e principalmente como entretenimento, a gente faz o programa pras pessoas ouvirem e curtirem.


Outromundo: Como que é o esquema das músicas nos blocos?

Marcílio: Os convidados que escolhem os sons que vão rolar, geralmente são de 8 a 10 sons no programa, são divididos em 4 blocos com duas ou três músicas em cada.


Outromundo: Como foi pra vocês do Freestyle, irem duas vezes á Curitiba, uma pra fazer o programa com o Savave, e a outra pra cobrir o Battle Beats CWBeats e o Programa com o Lab 1 e a Track cheio?

Marcílio: Foi muito bom! A gente sabia que já rolava uma movimentação na cidade, mas não sabíamos que a galera lá ouvia e respeitava demais o programa. A nossa ida pra la só fortificou o programa naquela região e nos trouxe muitos amigos.
O programa com o Savave era pra rolar na primeira vez que fomos pra lá, mas como eles estavam preparando a Promo Tape deles resolvemos esperar, e nessa o Thiago Pródigo e o Nairobi sugeriram da gente fazer a parada com todo o pessoal que estavam movimentando a cena alternativa por lá, e assim rolou o programa com a Track Cheio e a LAB 01. Fomos pra lá pra fazer a Battle Beats e conehcemos mais sobre a cena lá.


Outromundo:
Atualmente, que grupo na cena te agrada, você vê que é muito promissor?

Marcílio: Posso citar dois: Savave e Emicida. Mas em geral que eu venho curtindo ultimamente são os trabalhos de Kamau, Nel Sentimentum, Cabes, Pentágono e Enézimo.


Outromundo: Marcílio, esse é o seu momento, deixe ai agradecimentos, cobranças, recados, links, contatos, etc.

Marcílio: Gostaria de agradecer vocês aí do blog Outromundo, Neto e Cauê, por abrir esse espaço pra gente trocar essa idéia e eu poder falar um pouquinho do Freestyle. A gente trabalha em prol da Cultura mesmo, por isso acesse o Bocada Forte, o Radar Urbano, ouçam a Boomshot, assistam o quadro do Buzo na TV, leiam o PerRaps, enfim. Tem muita gente desenvolvendo um trabalho bacana voltado pra comunicação no Hip Hop.

Acessem:
Site oficial do Programa
Blog oficial do Programa

E quem quiser entrar em contato comigo e com o programa:

marcilio@programafreestyle.com.br e/ou freestyle@programafreestyle.com.br
Valeu mesmo!
Abraço!

AXL - Promoção de remixes 'Uma Lágrima'

Atenção beatmakers, produtores, remixadores e fazedores de barulho.



O prazo da promoção de remixes do A.X.L. está quase acabando.
Tivemos até esse momento quase 120 downloads da a'capella, e foram enviados apenas 13 remixes.
O quanto an
tes mandarem melhor, dia 20 (sábado) acaba o prazo da primeira fase da promoção. Mas como diz o Criolo Doido, 'Ainda Há Tempo'!

Então, enviem os remixes para contatoaxl@gmail.com.

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Baixem a versão a'capella juntamente com as regras e informações da promoção:





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Visitem o Myspace do A.X.L.



Até mais.

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Ouvindo: Nel Sentimentum - Feito Músicas De Elis (Produção de Nel Sentimentum)

Tiye Phoenix - Half Woman | Half Amazin (2009)

Tiye Phoenix é uma MC, produtora e cantora, lançou seu primeiro álbum solo agora.
O que pouca gente sabe, é que ela fazia parte do 'Polyrhythm Addicts', um coletivo de MC's e DJ's, dos anos noventa. Com esse coletivo ela lançou dois álbuns, e agora vem com esse solo.
Como produtora Tiye aparece pouco, produziu apenas uma faixa do álbum. Como cantora, ela faz alguns refrões melódicos em músicas de pedem isso, que geralmente têm um tema menos agressivo. Como MC a mulher surpreende, rima muito bem em todas as faixas, fazendo deste um álbum inteiramente consistente.
O álbum é pequeno (treze faixas), mas mostra um contraste muito grande, que o próprio título do mesmo sugere. Em horas Tiye é totalmente mulher, cantando afinadamente nos refrões e nas letras, assim como uma cantora de R&B contemporâneo, e em outros momentos rima gritando sobre instrumentais "pesados&sujos" com o mesmo teor e agressividade de qualquer Akrobatik, Barbershop MC's, M.O.P., etc.
Tudo isso, todos esses atributos fazem desse registro um álbum completo e consistente do começo ao fim. Um pouco leve um pouco pesado, um pouco limpo um pouco sujo, o que chamamos de equilíbrio, é farto neste.
Destaco a faixa 10, Killin' Everybody.




Tracklist:

1 - TIYEtanium (Produção de Da Beatminerz)
2 - The Award (Produção de DJ Spinna)
3 - Stop Right There (Produção de Apathy)
4 - Just Go! (Participação de Dynas) (Produção de Apathy)
5 - Master
Plan (Produção de DJ Jazzy Jeff)
6 - The Bored Room (Produção de Mr. Complex)
7 - Half Woman Half Amazin' (Produção de Tiye Phoenix)
8 - Bless Me (Produção de Illastrate)
9 - Revolving Door (Produção de DJ Scratch)
10 - Killin' Everybody (Produção de Apathy)
11 - Go Even Harder (Participação de Chip Fu) (Produção de Paze Infinite)
12 - Shinin Star (Produção de Deheb)
13 - Too Late For Us (Participação de Phonte) (Produção de DJ Spinna)





Senha de descompactação: outromundo

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Ouvindo: Visionaries - If You Can't Say Love (MoitaBeats Remix)
 
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